Você sabia que é possível usar um sistema de navegação para achar com precisão uma lesão em qualquer lugar no cérebro?
O termo neuronavegação caracteriza o que essa tecnologia se propõe a fazer: “navegar”, ou seja, transitar no cérebro com um caminho certeiro e preciso, como se estivéssemos usando um “GPS” para o cérebro para localizarmos uma lesão específica. A navegação se tornou uma ferramenta poderosa nas mãos de neurocirurgiões do mundo todo, a ponto de em alguns países da Europa e nos Estados Unidos praticamente não existe cirurgias de tumores por exemplo sem neuronavegação
Mas por que a neurocirurgia com neuronavegação? O que isso ajuda?
Quando o neurocirurgião decide operar uma lesão cerebral (tumor, malformação, etc.) a sua maior preocupação é tirar o tecido doente sem prejudicar o cérebro normal próximo a ela. Isso porque 1 centímetro de cérebro sadio que o neurocirurgião retire a mais em uma área eloquente (chamadas áreas que tem uma função neurológica definida de grande impacto no funcionamento cerebral) como por exemplo a área motora, pode ser a diferença entre o paciente andar ou ter uma paralisia em metade do corpo para sempre. Desse modo, quando temos uma situação delicada como esta, podemos usar a tecnologia de neuronavegação para planejar e executar a cirurgia com maior precisão.
Além disso, lesões pequenas (por exemplo de 1 cm) e profundas podem ser impossíveis de serem localizadas sem esse recurso. Em outros casos, mesmo lesões maiores podem ser difíceis de localizar, por exemplo como é o caso de gliomas de baixo grau (um tipo de tumor) que é praticamente igual em cor e consistência ao cérebro normal, dificultando muito a vida do neurocirurgião…
Este recurso tem se tornado cada vez mais acessível no Brasil, porém infelizmente ainda não há cobertura obrigatória por parte das operadoras de saúde, fazendo com que alguns pacientes não tenham acesso a este valioso recurso.
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