Você fez uma tomografia ou ressonância e o laudo deu “Cisto aracnóide” – o que fazer?
Bom, em primeiro lugar, na maior parte das vezes o diagnóstico de um cisto de aracnóide não deve ser motivo de preocupação excessiva.
O cisto de aracnóide, ou somente cisto aracnóide, é uma coleção de líquor (líquido que está presente dentro do nosso cérebro), que por algum defeito na nossa formação, ainda na fase fetal, ficou preso entre as membranas que revestem o cérebro. São 3 as membranas que cobrem o cérebro:
- Dura-máter: que é a mais superficial, espessa e aderida ao osso;
- Pia-máter: que é a mais interna, fina e aderida ao cérebro;
- Aracnóide: que forma uma rede parecida com uma teia de aranha, como o próprio nome diz.
A frequência de diagnóstico de cistos aracnóides sem qualquer sintoma está aumentando a medida que mais pacientes são submetidos a procedimentos de neuroimagem para sintomas não relacionados. Em uma revisão retrospectiva de mais de 48.000 ressonâncias consecutivas de cérebro adulto, a prevalência de cisto aracnóide foi de 1,4%, ou seja, cerca de 672 pacientes. Destes, apenas 5% eram sintomáticos, ou cerca de 6 pacientes a cada 10.000 tem sintomas! Dos cistos aracnóides sintomáticos, 75% ocorrem em crianças.
O tratamento depende se os cistos são sintomáticos. Imagens periódicas e exames neurológico são adequados na grande maioria das lesões assintomáticas. A cirurgia é indicada apenas se houver sintomas de aumento da pressão intracraniana, déficits neurológicos focais ou comprometimento cognitivo. As opções cirúrgicas incluem craniotomia para tratamento do cisto, tratamento neuroendoscópico ou shunt (válvula) do cisto para o abdomen.
Sendo assim, caso você receba este diagnóstico em um exame realizado, procure um neurocirurgião para orientação adequada. Caso deseje mais informações sobre cistos de aracnóide (diagnóstico, tratamento, etc.) acesse aqui.