Você conhece a doença de moyamoya?

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Você conhece a doença de moyamoya?

Moyamoya é um distúrbio que afeta principalmente os vasos sanguíneos do cérebro. A quantidade inadequada de sangue no cérebro leva a redução de oxigênio e é justamente essa privação de oxigênio que causa os sinais da doença. 🧠

Ao mesmo tempo, pequenos vasos sanguíneos na base do cérebro se abrem em uma tentativa de fornecer sangue às regiões do cérebro próximas ao bloqueio. Esses minúsculos vasos são os vasos “moyamoya”, que se assemelham a um aspecto de “nuvem de fumaça” nos exames de angiografia cerebral, o que deu o nome à doença.

Até então o que sabemos é que o distúrbio aparece de forma isolada, pode acontecer de forma genética ou por decorrência de algum outro distúrbio vascular. 🩸

Embora possa ocorrer em qualquer idade, existem dois períodos de pico de incidência:

  • Entre as idades de cinco e dez anos em crianças;
  • Entre 30 e 50 anos em adultos.

Esta doença é mais comum em crianças e os principais sintomas são os mesmo encontrados no AVC (Acidente Vascular Cerebral) que ocorre em adultos:
👉 Paralisia da face
👉 Fraqueza nos braços ou pernas
👉 Dificuldade na fala

Em caso de sintomas neurológicos como estes, as crianças precisam ser o mais breve possível avaliadas por um especialista em neuropediatria. O neurocirurgião pediátrico também tem papel importante no diagnóstico e tratamento cirúrgico que esta doença pode necessitar, sendo assim sempre deve ser consultado.

Não há medicação disponível que impeça a progressão do estreitamento da artéria cerebral e a doença continuará a progredir na grande maioria dos pacientes, independentemente do tratamento. Por esse motivo, a principal abordagem é tratar os sintomas.

Na doença de moyamoya os procedimentos cirúrgicos visam estabelecer um suprimento adequado de sangue para o cérebro, desviando a circulação sanguínea do couro cabeludo ou de uma outra artéria normal para a superfície do cérebro e, assim, contornando a perda progressiva do fluxo sanguíneo do hemisfério cerebral afetado.

Os resultados após a cirurgia têm sido muito bons, com prevenção a longo prazo de acidentes vasculares cerebrais e de déficits neurológicos, que é o objetivo do tratamento.

1174 1145 Dra. Raquel Rodrigues - Neurocirurgia pediátrica