Quando sofremos um traumatismo craniano o cérebro “chacoalha” dentro do crânio, podendo-se chocar contra o osso. Esse movimento anormal e a ocorrência de fraturas cranianas podem causar vários tipos de hemorragia. Veja abaixo as principais hemorragias cranianas traumáticas agudas.
Tipos de hemorragias cranianas traumáticas agudas
Hemorragia extradural (epidural) – essa hemorragia localiza-se no espaço epidural, ou seja, entre a dura-máter e o osso. Ela não compromete diretamente o cérebro, mas sim indiretamente pois comprime o cérebro adjacente ao hematoma. Na tomografia de crânio aparece como um sangramento no formato biconvexo. Tradicionalmente são causados por ruptura de artérias.
Hemorragia subdural – essa hemorragia localiza-se no espaço subdural, ou seja, abaixo da dura-máter, entre ela e o cérebro. Da mesma forma que a hemorragia extradural o comprometimento do cérebro é indireto por compressão. Tradicionalmente são causados por ruptura de veias.
Contusão cerebral – quando o cérebro se choca com o osso ele forma um “machucado”, da mesma forma que nós quando batemos o braço em uma parede por exemplo. Esse “machucado” é a contusão cerebral, um coágulo que se forma dentro do cérebro.
Hemorragia subaracnóide – é um sangramento difuso pelo espaço subaracnóide. Geralmente não causa maiores problemas por si só, mas pode ser um indicativo de um trauma de alta energia e ter outras lesões associadas mais graves.
Quando um paciente sofre um traumatismo de crânio moderado a grave ele deve ser obrigatoriamente avaliado por um neurocirurgião que solicitará os exames necessários para descartar lesões traumáticas.
Os sintomas podem variar de uma simples dor de cabeça até o paciente entrar em coma e morrer, tudo depende do tamanho, localização e rapidez do crescimento do hematoma.
Geralmente uma tomografia de crânio é mais do que suficiente para evidenciar as lesões acima, e pode ser feita rapidamente na urgência. Dependendo do quadro clínico, tamanho e características dos sangramentos, o neurocirurgião indicará tratamento cirúrgico ou não para remoção dos coágulos. Pode-se ainda indicar a colocação de um monitor de pressão intracraniana para sabermos se o cérebro está muito “inchado” (com a pressão elevada) e otimizar os cuidados neurointensivos no pós-operatório.