Metástases para coluna vertebral

Conheça tudo sobre Metástases para coluna vertebral

Você sabe o que são metástases?

Você certamente já ouviu falar deste termo! Metástases nada mais são do que quando um tumor maligno (chamado tumor primário) após crescer no seu lugar original resolve se espalhar. Ele rompe então a barreira do tecido sadio do órgão que ele se encontra e cai no sangue. O sangue leva então essas “sementes” de tumor para brotar em outros órgãos que não tem relação com o tumor inicial. Quando esta “semente” vai parar na coluna temos as metástases para coluna vertebral. Por exemplo, um tumor de pulmão pode dar uma metástase para o fígado ou para a coluna.

As metástases para a coluna vertebral são comuns?

Infelizmente são muito mais comuns do que nós gostaríamos. Estima-se que 10% dos pacientes com câncer em outra parte do corpo apresentarão compressão medular por uma metástase para coluna em fases avançadas da doença.

Devemos considerar que todo o tipo de tumores pode disseminar para os ossos, incluindo tumores hematológicos (linfomas), porém, os mais comuns são os tumores da mama, do pulmão e da próstata. A área mais atingida são os ossos da coluna vertebral, embora qualquer osso longo do esqueleto apendicular (braço, perna) e calota craniana possam ser atingidos. Os tumores que mais propagam metástase para a coluna são mama, pulmão e próstata. As regiões da coluna mais acometidas são coluna torácica (70%), lombar (20%) e cervical (10%).

Embora esses sejam os mais comuns, vale lembrar que outros tumores também podem dar metástases para a coluna vertebral. Elas podem ser únicas ou múltiplas e podem se localizar praticamente em qualquer parte da coluna.

Como as metástases para coluna vertebral se manifestam? O que o paciente sente?

A dor óssea é muitas vezes o primeiro sintoma da metástase óssea. Ela pode ser bem intensa, tende a piorar à noite e pode ser aliviada pelo movimento. Por isso, caso o paciente já tenha o diagnóstico de um tumor, é importante que comunique ao médico qualquer nova dor na coluna.

É importante saber que os ossos enfraquecidos pela doença metastática podem fraturar. A fratura pode acontecer com uma queda mesmo que pequena, e um osso fraco também pode quebrar durante as atividades cotidianas. Essas fraturas muitas vezes causam dor súbita e intensa, podendo também causar déficits neurológicos súbitos, como paralisia nas pernas, dependendo do nível da coluna que foi acometido.

Metástases para coluna vertebral com compressão na medula espinhal

Metástases para coluna vertebral com compressão na medula espinhal. O tumor pode invadir diretamente o canal medular ou causar fratura no osso que comprima o canal. O resultado é sempre a compressão da medula espinhal com sintomas neurológicos geralmente de fraqueza e perda de sensibilidade.

O crescimento do câncer nos ossos da coluna vertebral também pode causar sintomas ao pressionar a medula espinhal. A compressão da medula espinhal pode danificar seus nervos, levando a sintomas como dormência e fraqueza na área do corpo abaixo do tumor. Se não for tratada, o paciente pode ficar paralisado. Na maioria das vezes, isso afeta as pernas, mas se o tumor também estiver pressionando a medula próximo ao pescoço, ambos os braços e as pernas podem ser afetados. Às vezes, o primeiro sintoma da compressão medular é dificuldade para urinar, e também pode se sentir constipado. Vale ressaltar que a compressão da medula espinhal é uma emergência que deve ser tratada de imediato para evitar danos permanentes à medula espinhal.

Quando o câncer se espalha para os ossos de uma forma generalizada (múltiplas metástases), um íon natural do nosso organismo, o cálcio, pode ser liberado em excesso para a corrente sanguínea. Isto leva à hipercalcemia, que pode causar problemas como prisão de ventre, náusea, perda de apetite e sede. Níveis elevados de cálcio aumentam a necessidade de urinar, levando à desidratação. Também pode deixar o paciente mais cansado, fraco, sonolento ou até mesmo confuso. Se a hipercalcemia não for tratada, o paciente pode entrar em coma.

Como é feito o diagnóstico de uma metástase para coluna?

Quando o paciente tem sintomas, o diagnóstico é fácil de efetuar, através de ressonância e/ou tomografia da coluna. Muitas vezes a lesão pode ser vista até no raio X tradicional. Sempre quando achamos uma lesão recomendamos que se avalie toda a coluna pois as lesões podem ser múltiplas.

rm de coluna com metastase e fratura

Fratura patológica secundária a metástases para a coluna vertebral. A dor costuma ser o sintoma mais comum e a fratura pode acontecer sem nenhum tipo de história de trauma.

Todo o tipo de quadro doloroso ou hipercalcemia não explicada deve levar a exames radiográficos para caracterizar os locais atingidos. Um bom exame de rastreio para diagnosticar metástases ósseas e na coluna é a cintilografia óssea. Ela pode ser usada para detectar tumores que metastatizam frequentemente para o osso, como o do pulmão, inclusive em caso de lesões assintomáticas. Outros exames mais modernos como PETscan também podem ser usados para esta finalidade.

Qual o tratamento para as metástases para coluna vertebral?

Uma metástase óssea traduz, na maioria das vezes, uma doença incurável, sendo o seu tratamento paliativo. Isso não pela metástase em si, mas pelo que ela significa, que o tumor está espalhado pelo corpo.

O tratamento das metástases ósseas para coluna baseia-se em duas grandes vertentes: analgesia e estabilização. O tratamento analgésico visa tratar a dor do paciente, e inclui anti-inflamatórios não esteróides, corticosteróides e analgésicos potentes, como a morfina. Os tratamentos que diminuem a reabsorção óssea, como os bifosfonatos em alta dose endovenosos, também têm efeito analgésico. Em doenças específicas como o tumor da mama, a hormonioterapia pode evitar a progressão da doença óssea, controlar a doença local e diminuir a dor e fraturas a longo prazo.

O tratamento de estabilização é essencialmente a estabilização de fraturas ou o reconhecimento de ossos com esse risco, como as vértebras, cuja destruição pode levar à paralisação de um doente. A estabilização pode ser cirúrgica, com colocação de parafusos e hastes, e pode incluir uma combinação com radioterapia e bifosfonatos.

O tratamento é recomendado pelo neurocirurgião especialista em neurooncologia em conjunto com a equipe de oncologia que acompanha o tumor primário do paciente, pois fatores como o prognóstico geral da doença e a condição clínica do paciente interferem na decisão do tipo de tratamento é mais apropriado.

Esse texto foi produzido e editado pela Dra Raquel Rodrigues – Médica Neurocirurgiã – CRM 142761 – RQE 56460. Reprodução total ou parcial sem autorização proibida. 

Agende sua consulta presencial ou por telemedicina: 

– Agendamento de consulta de primeira vez presencial – ligação em horário comercial nos telefones – (11) 5041-1322ou (11) 5041-9988 / Agendamento automatizado pelo Whatsapp (11) 940208602.

– Agendamento de consulta de retorno presencial – ligação em horário comercial nos telefones – (11) 5041-1322ou (11) 5041-9988 / Agendamento automatizado pelo WhatsApp (11) 940208602 / Agenda online (clique aqui)

– Agendamento de teleconsulta – ligação em horário comercial nos telefones – (11) 5041-1322ou (11) 5041-9988 / Agendamento automatizado pelo Whatsapp (11) 940208602 – atendimento eletrônico / Agenda online (clique aqui)

Se você quer saber mais sobre este tema pode me acompanhar nas redes sociais e no meu canal no YouTube.

Convênios atendidos no consultório

Você pode agendar sua consulta online de forma simples e prática

Agende sua consulta agora