Para tratar crianças com hidrocefalia que precisam de shunts (válvulas de derivação) a derivação ventrículo atrial (DVA) costuma ser a segunda opção. Ela vem logo atrás da derivação ventrículo peritonial que é quase sempre a primeira opção. Na DVA, o cateter distal fica dentro do coração, ao invés do peritônio, jogando direto na corrente sanguínea o excesso de líquido do cérebro.
A localização no coração impossibilita que seja colocada uma grande “sobra” de cateter para que a criança cresça e não haja a necessidade de trocá-lo (como fazemos no peritônio). Deste modo, é comum conforme a criança for crescendo o cateter sair da posição. Por este motivo pode ser necessário fazer trocas do sistema mesmo que a válvula ainda esteja funcionando. Também na DVA pode ocorrer a obstrução do cateter distal (que está no coração) por trombos (“coágulos”), que são perigosos não só para a válvula. Dependendo do caso, estes trombos podem sair do coração e se alojar nos pulmões por exemplo, causando sérios problemas para a criança.
Portanto, a DVA acaba sendo uma escolha mais complexa, tanto pela necessidade comum de troca de válvula, como por ser uma cirurgia mais arriscada comparada a uma de derivação ventrículo peritonial. Ainda assim, ela é uma boa opção no tratamento da hidrocefalia.
Recomenda-se que esta cirurgia deve ser preferencialmente realizada por equipes com experiência em neurocirurgia pediátrica e em derivações atriais. Estes pacientes necessitam de acompanhamento constante com o neurocirurgião pediátrico.
Entenda mais sobre hidrocefalia em crianças com um texto completo clicando aqui.
Agende sua consulta!
🌐 www.draraquelrodrigues.com.br
📲 (11) 94020-8602