Cranioestenose – Tipos de cirurgia – conheça as opções

Pós-ciruúrgico imediato de cirurgia de cranioestenose (escafocefalia). Observa-se o dreno e a incisão em zigue-zague. Foto de arquivo pessoal - reprodução total ou parcial proibida.

Cranioestenose – Tipos de cirurgia – conheça as opções

Você sabia que existem vários tipos de tratamento cirúrgico para cranioestenose?

              O problema da cranioestenose é um fechamento físico e concreto de uma das suturas cranianas antes da época correta. Para corrigir o formato da cabeça da criança, é preciso abrir esta sutura que está fechada de forma cirúrgica. Mas quais são os tipos de cirurgia para cranioestenose?

               Há várias formas de se fazer essa “abertura” cirurgicamente, ou seja, existem diversos tipos de cirurgia com técnicas diferentes. Basicamente a correção pode ser feita de 3 formas:

  • Suturectomia – neste caso o neurocirurgião pediátrico apenas “retira” a sutura fechada, deixando no seu lugar uma linha aberta. Para que esta cirurgia dê bons resultados ela deve ser feita em um bebê bem pequeno (por volta de 3-4 meses) e frequentemente é necessário após a cirurgia o uso de órtese craniana. Esta cirurgia pode ser feita por via aberta ou endoscópica.
  • Técnica dinâmica – com uso de indutores de transformação estrutural (chamados de molas) ou distratores – neste caso o neurocirurgião pediátrico abre a sutura acometida e coloca uma mola ou um distrator para manter a linha aberta por um tempo maior e permitir que o crânio da criança se remodele com maior facilidade e fique mais próximo do formato normal. O resultado é visto ao longo de dias ou semanas, lembrando que é necessário uma segunda cirurgia para retirar a mola/distrator.
  • Técnica clássica – está é a técnica habitual que a maioria dos neurocirurgiões, mesmo os que não são neurocirurgiões pediátricos realiza. Neste caso a calota craniana da criança é parcialmente removida durante a cirurgia e remodelada fora da sua cabeça manualmente pelo cirurgião, que fazendo cortes (osteotomias) nos lugares certos melhora imediatamente o formato craniano. A calota é então recolocada e fixada em pontos chave.

               Todas as técnicas cirúrgicas tem prós e contras e características técnicas específicas que fazem com que cada uma seja melhor para uma determinada cranioestenose, levando-se em consideração o formato individual da cabeça e a idade do bebê. O ideal é que o neurocirurgião pediátrico esteja familiarizado com todas as técnicas para que escolha a melhor para seu filho!

Se você quer saber mais sobre cranioestenose clique aqui para acessar um texto completo. Para saber mais sobre cranioestenoses complexas clique aqui, ou clique aqui para saber mais sobre cranioestenoses sindrômicas.

Assista os vídeos no meu canal – Neurocirurgia é assim falando sobre: – o que é cranioestenose (clique aqui), tipos de cranioestenose (clique aqui), diagnóstico de cranioestenose (clique aqui).

1518 1625 Dra. Raquel Rodrigues - Neurocirurgia pediátrica