Você sabia que é possível fazer o diagnóstico de cranioestenose com um simples ultrassom?
Embora classicamente o diagnóstico de cranioestenose seja confimado com o padrão ouro – a tomografia de crânio com reconstrução 3D – outros exames vem ganhando destaque no diagnóstico desta doença.
Em geral o primeiro exame solicitado (até mesmo pelo pediatra) quando há a suspeita deste diagnóstico é a radiografia simples de crânio (o famoso raio x). Porém, as radiografias assim como as tomografias são feitas com uso de radiação, e existe uma preocupação enorme com a exposição de crianças a radiação, sobretudo bebês muito pequenos. Isso porque já sabemos que muita exposição a radiação é fator de risco para uma série de tumores (câncer).
O ultrassom (USG) de crânio, mais especificamente o USG de suturas cranianas, já foi demonstrado em diversos estudos como sendo um ótimo exame inicial para descartar a cranioestenose, sendo subutilizado neste contexto e desconhecido por muitos profissionais que não trabalham com crianças. Oferece excelente imagem de superfície estruturas com potencial para confirmar ou excluir a fusão das suturas do crânio (cranioestenose), evitando a exposição a radiação ionizante nos bebês. A “lacuna” normal de uma sutura aberta ou obliteração na craniossinostose pode ser claramente demonstrado com USG de crianças com menos de 12 meses de idade em cerca de 99% dos casos.
Duas considerações são importantes:
1- O USG classifica a sutura como: aberta, fechada ou indeterminada. Embora a sutura aberta praticamente exclua o diagnóstico de cranioestenose, se a sutura está fechada ou não pode ser determinada, este bebê deve ser imediatamente encaminhado ao neurocirurgião pediátrico para continuara a avaliação adequada.
2- O USG é um exame que depende muito da capacidade técnica e do treinamento do médico que o executa. Sendo assim, um médico sem experiência neste exame pode não conseguir visualizar as suturas e dar um diagnóstico adequado. Por este motivo, é importante quando a suspeita de cranioestenose é alta que a criança seja encaminhada para avaliação do neurocirurgião pediátrico mesmo com exame de USG demonstrando “suturas normais e abertas”.
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